quarta-feira, 28 de outubro de 2009

La irlandesa que fez história no Paraguai

O post de ontem me lembrou da resenha do Irish Times sobre a biografia The Lives of Eliza Linch, de Michael Lillis e Ronan Faning. Conhecida como "Rainha do Paraguai" e também como La Irlandesa, Eliza foi uma das amantes do ditador Francisco Solano López, com quem teve sete filhos. No fim da Guerra do Paraguai, Solano a fez a única beneficiária do seu testamento.

Segundo os autores, o objetivo da biografia é resgatar a verdadeira história de Eliza e recuperar sua imagem, uma vez que em livros anteriores, incluindo obras de ficção, ela foi retratada como ladra, prostituta, torturadora e assassina.

O certo, dizem, é que ela sabia se valer de sua beleza, tinha grande instinto de sobrevivência e pouco se importava com a situação geral do povo paraguaio ou com as origens das riquezas que obteve após a morte de Solano López. Nada que justificasse, portanto, o ato do ditador Augusto Stroessner, que em 1961 a proclamou heroína nacional.
(...) Eliza, tenho recebido grandes quantias de López durante o relacionamento deles, adquiriu vastas extensões de terra durante a guerra. Ela também enviou dinheiro para fora do país para mantê-lo a salvo.

Após a morte de López e do filho mais velho deles, ela evitou ser estuprada pelas vitoriosas tropas brasileiras. Ela também conseguiu negociar sua libertação e a de seus filhos restantes ao reivindicar sua cidadania britânica.

Seus últimos anos de vida foram gastos na Europa brigando na justiça para obter o dinheiro de López depositado no Banco da Inglaterra e tentando tomar posse de suas terras no Paraguai. (...)

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