quarta-feira, 19 de maio de 2010

Modelo brasileira é estrela de campanha polêmica

A história já está praticamente morta na mídia irlandesa, mas, como acabei de topar com o recorte do jornal que tinha guardado, aqui vai: a campanha publicitária do salgadinho Hunky Dorys – outdoors sensuais, de mulheres estonteantes, com uniformes esportivos curtíssimos, e frases de duplo sentido... Nada de novo debaixo do sol, diria a publicidade brasileira –, então, essa campanha do Hunky Dorys foi retirada das ruas depois de receber 300 reclamações e ameaça de ação legal no órgão do governo irlandês que regulamenta publicidade. Foi acusada de sexista e, até, de incentivar violência sexual contra mulheres.

Uma das fotos (dá para ver neste blog) mostra uma modelo agachada segurando uma bola de rúgbi. Perto do generoso decote, a frase "Are you staring at my crisps?", que, sei lá, poderia equivaler a algo do tipo "Você está encarando meus baconzitos?".

A modelo em questão é a brasileira Isabela Soncini. No recorte que citei antes, do popularesco The Star, há foto dela de biquini e a declaração que "Não tenho namorado no momento e adoraria visitar a Irlanda. Quero dizer obrigada a todos os meu fãs".

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Duetos e fanfarras na nova rádio que toca na van

Depois de dois anos escutando na van do supermercado a rádio indie Phantom, troquei recentemente de estação e agora faço as entregas pelo bairro ao som da RTE Lyric FM. Uma das vantagens é que a direção ficou menos agressiva. Outra é que não escuto a mesma música ser tocada três vezes num espaço de algumas horas. Mas o mais legal tem sido descobrir músicas como estas duas: o Dueto dos Gatos, de Rossini, e a Fanfare for the Common Man, de Aaron Copland.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Uma preocupação a menos

A RTE promete transmitir todos os jogos da Copa do Mundo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Chet, me dá uma heroína que eu quero dormir

Fosse razoável deveria estar na cama neste momento em vez de reaparecer aqui. Acontece que duas horas atrás parei para dar uma olhadinha na interneti e, apesar do cansaço, o sono sumiu. No domingo foi coisa parecida. Lá pelas quatro da matina vi que o documentário Let's Get Lost, bastante citado na biografia do Chet Baker escrita por James Gavin, estava passando na tevê. Botei para gravar e acompanhei o filme quase todo sem áudio para não acordar meus anjos. Quase no fim liguei o som. Besteira porque daí pus no início e vi tudo de novo. Fui domir perto das sete da manhã.

Bom, tinha lido a biografia, então achei interessante o filme do fotógrafo Bruce Weber. Só não entendi, provavelmente nem era para entender mesmo, o papel da bonitona que aparece a toda hora. Além dela, há entrevistas com Chet, três ex-mulheres suas, filhos, amigos, músicos, imagens de arquivos e sequências doidas gravadas num conversível, numa praia, num bar e durante o Festival de Cannes. O filme e a biografia mostram que Chet é o típico caso ame a obra não o autor.

Trompetista de talento natural, viciado em heroína por 30 anos, grande nome do jazz suave da Costa Oeste (muito bom para embalar neném), banido da Alemanha, Itália e Inglaterra, cantor de voz pequena que influenciou inclusive a música brasileira, estrela de rosto angelical nos anos 50, transfigurado a partir dos 70 por causa do vício (tomou pico até embaixo da unha) e por causa de uma surra até hoje envolta em mistério que lhe custou os dentes e quase a carreira, Chet desapontou a mãe, ignorou os filhos e magoou profundamente as ex-mulheres que concordaram em falar no filme – egoísta, manipulador e mentiroso, elas disseram.

OK, Chet, então qual foi o dia mais feliz da sua vida? "Provavelmente foi quando comprei meu Alfa Romeo SS."