Bom, tinha lido a biografia, então achei interessante o filme do fotógrafo Bruce Weber. Só não entendi, provavelmente nem era para entender mesmo, o papel da bonitona que aparece a toda hora. Além dela, há entrevistas com Chet, três ex-mulheres suas, filhos, amigos, músicos, imagens de arquivos e sequências doidas gravadas num conversível, numa praia, num bar e durante o Festival de Cannes. O filme e a biografia mostram que Chet é o típico caso ame a obra não o autor.
Trompetista de talento natural, viciado em heroína por 30 anos, grande nome do jazz suave da Costa Oeste (muito bom para embalar neném), banido da Alemanha, Itália e Inglaterra, cantor de voz pequena que influenciou inclusive a música brasileira, estrela de rosto angelical nos anos 50, transfigurado a partir dos 70 por causa do vício (tomou pico até embaixo da unha) e por causa de uma surra até hoje envolta em mistério que lhe custou os dentes e quase a carreira, Chet desapontou a mãe, ignorou os filhos e magoou profundamente as ex-mulheres que concordaram em falar no filme – egoísta, manipulador e mentiroso, elas disseram.
OK, Chet, então qual foi o dia mais feliz da sua vida? "Provavelmente foi quando comprei meu Alfa Romeo SS."
Nenhum comentário:
Postar um comentário