sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Post estranho para começar o ano

Não trabalho desde quinta-feira, dia 24. Foi assim também no ano passado. O supermercado tem pouco movimento entre Natal e Revéillon. Lá fora as condições usuais prevaleceram durante quase toda a semana: vento idiota, chuva chata, frio desgraçado – o velhíssimo pacote que fez os antigos romanos chamarem a Irlanda de Hibérnia, a terra do inverno, a prova definitiva que o aquecimento global é balela.

Faz dois dias que o tempo mudou, parou a chuva, diminuiu o vento, aumentou o frio. Ontem, ou foi na madrugada de hoje?, nevou forte, o que não é comum em Dublin. Só nos demos conta da neve na hora de ir para cama, por volta das 2h, enquanto eu cumpria o ritual (mania, TOC) de verificar se as janelas e portas estavam fechadas.

Os estudantes do apartamento de cima estavam na rua batendo fotos e atirando bolas de neve quando saíamos para fazer o mesmo. Ao contrário do vento, da chuva e do frio, a neve para nós, e parece que para os nossos vizinhos também, ainda merece adjetivos tais como divertida, surpreendente, fotogênica. Na outra vez que nevou forte em Dublin, em fevereiro último, um polonês colega de trabalho me disse algo como "porcaria de tempo, hein?". Não duvido que ele tenha motivo para detestar neve.

Hum, estou começando o quarto parágrafo e nem sinal de notícias da Irlanda. A verdade é que olhei o Irish Times agora há pouco, mas nada me chamou a atenção. Daí peguei o primeiro parágrafo – que eu tinha escrito para um post não-publicado a respeito dos filmes assistidos nos últimos dias (Avatar e Hunger, que ficariam na parte de baixo da lista; Cidadão Kane, que pela quarta vez não consigo terminar de ver; O segredo de Berlim, The Good German, bom; e Papai Noel às Avessas, Bad Santa, o melhor de todos) – e toquei até aqui.

Um comentário:

Clarissa disse...

Nossa, eu também tenho esse TOC aí. E pior que aqui tem gente que realmente deixa a porta aberta.